A Perturbação de Pânico é uma perturbação de ansiedade caracterizada pela ocorrência de ataques de ansiedade súbitos e com grande intensidade, gerando uma preocupação persistente acerca de ter novos ataques e das consequências dos mesmos. Os ataques de pânico caracterizam-se por sensações intensas como as palpitações, tremores, sudorese, dificuldade em respirar, sensação de sufocar, dor no peito, náuseas, tonturas, medo de perder o controlo e de morrer, existindo uma ansiedade constante e antecipatória sobre a possibilidade de ter um novo ataque. Assim, a cada activação fisiológica, as pessoas que sofrem desta perturbação desencadeiam um estado de atenção vigilante que aumenta ainda mais as sensações sentidas. Tal aumento causa mais ansiedade e as pessoas tendem a recorrer a comportamentos de segurança e a evitamentos, com o intuito de controlar a recorrência dos ataques. Isto acarreta dificuldades nos campos profissional/académico, social, ocupacional e familiar, além de ser frequente o desenvolvimento de uma agorafobia.
Perante a pandemia, todos vivemos dias com maior ansiedade e estamos alerta aos sintomas do coronavírus. Contudo, as pessoas que sofrem desta perturbação, poderão estar ainda mais atentas às sensações no corpo, sugestionadas pela informação e pela necessidade de se sentirem seguras, o que aumenta a percepção de gravidade dos sintomas e pode desencadear crises de pânico. A preocupação em voltar a ter uma crise torna-se ainda mais evidente e o medo de morrer pode também estar mais exacerbado, criando um nível de ansiedade difícil de suportar e que se torna invalidante, mesmo estando a pessoa em casa com a família. A sensação de falta de controlo sobre os sinais do próprio corpo assusta, aumenta esses mesmos sinais e rapidamente pode escalar para uma crise de ansiedade.
Uma vez que a pessoa já vivia na expectativa de voltar a sentir um medo tão expressivo e intenso, agora poderá senti-lo ainda mais e como há ameaça de perigo real, interpreta os seus pensamentos de alerta como sendo verdadeiros, essenciais e aos quais tem que obedecer, para percepcionar controlo acerca do que sente. Infelizmente, quanto mais o faz, mais disfuncional e descontrolada a pessoa se torna.
Se sofre desta perturbação e não está a conseguir gerir a sua ansiedade e ter uma vida com a maior qualidade possível nesta fase, tente procurar ajuda profissional, de forma a melhorar o seu bem estar físico e psicológico.
Na NeuroImprove temos uma equipa de psicólogos pronta a avaliarem a sua situação e a dar-lhe dicas e metodologias, para que possa ultrapassar tanto a ansiedade como os ataques de pânico.
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