A Perturbação da Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA) é uma perturbação do neurodesenvolvimento caracterizada por comportamentos disruptivos (agitação impulsividade ou até mesmo agressividade), desatenção e dificuldades de memória e no funcionamento executivo. Estas características têm um grande impacto, sobretudo na vida da criança pois torna a sua vida mais difícil, fazendo com que a mesma desenvolva sentimentos de frustração e baixa auto-estima assim como na vida da família e das pessoas que convivem com ela de forma diária, sobretudo dos pais.
A medicação, é o tipo de intervenção mais utilizado no PHDA, sendo que a mais comum é a ritalina. A medicação, na maioria dos casos, consegue controlar a sintomatologia mas não a trata nem a cura. Apenas parece controlar o sintoma enquanto a pessoa está sob o efeito da mesma. Por outro lado, a medicação parece ter efeitos secundários dos quais os pais se queixam com alguma frequência, tais como: a falta de apetite, a insónia/sonolência, o estado descrito por muitas crianças de “adormecimento/ robot”, alterações de humor, entre outros.
Por sua vez, o Neurofeedback, é uma técnica de neuromodulação autorregulatória, não invasiva que treina o cérebro de modo a que este consiga regular-se a si próprio. No caso da PHDA, o Neurofeedback tem provado ser bastante eficaz através do treino das ondas cerebrais, fazendo com que as mesmas consigam atingir os níveis desejáveis. O neurofeedback é um tratamento que envolve treino e, como tal, precisa de ser “praticado” mas, os efeitos são notáveis e os resultados positivos não terminam quando termina o tratamento. Os efeitos são permanentes.
Resta pensarmos no que queremos: controlar o sintoma de forma temporária ou eliminá-lo através de uma técnica não invasiva que promova uma melhoria que parte da sua origem e cujo efeito é duradouro e sem dependência? Estará na hora de revermos as nossas estratégias?
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PHDA: Neurofeedback ou medicação que caminho seguir?
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