Elogiar é o acto de fazer elogios, de louvar o outro (ou a nós mesmos), de exaltar qualidades, esforços e conquistas. Por antónimo, criticar é tecer comentários desfavoráveis a respeito dos outros, dizer mal dos seus comportamentos e atitudes ou das suas coisas, é fazer sobressair o que não está certo ou bem num comportamento.
Feita esta distinção através da definição dos conceitos, facilmente se nota o porquê de nomear o ato de elogiar como uma arte. Elogiar é uma arte pois só enaltece os aspectos positivos da pessoa, da criança, do comportamento, da atitude. É uma arte porque não aborda os aspectos negativos, não os nomeia, não os faz sobressair.
É uma arte, porque é a prática de atenção positiva a tudo o que o outro faz bem, sem esquecer que ninguém é perfeito.
É uma arte, porque é uma forma encorajar, de incentivar e guiar para o comportamento desejado.
É uma arte porque só surte o efeito desejado, isto é, só promove o resultado pretendido se for puro, se for genuíno, se for entusiasta… se for sincero.
Elogiar, por norma, aumenta a probabilidade dos comportamentos adaptativos se tornarem mais frequentes. Sem salientar os maus comportamentos ou os comportamentos desadaptativos, elogiar permite diminuir esses mesmos comportamentos.
O acto de elogiar deve ser feito sempre após os bons comportamentos e atitudes, ou seja, deve ser realizado de forma contingente e a sua prática pode envolver a totalidade do que se pretende elogiar ou apenas nomear as partes do comportamento que foram boas. Mais uma vez, notando que quando elogiamos não referimos os aspectos negativos. Assim, podemos usar os elogios sempre e em qualquer lugar, e devemos elogiar sempre o esforço e a persistência em melhorar.
Bons elogios promovem a auto-estima, a auto confiança e mostram aos outros o quanto acreditamos neles e nas suas qualidades.
Nem sempre é fácil elogiar e não raramente, pensamos estar a elogiar, embora na verdade, estejamos não só a elogiar como a fazer sobressair aspectos menos positivos. Tal acontece devido à nossa tendência para comentar positivamente um comportamento ou atitude mas utilizar o mesmo momento para mostrar à outra pessoa onde pode melhorar. Esta fusão entre o elogio e a crítica construtiva é contraproducente porque não potencia a mudança positiva e diminui a crença de auto-eficácia da pessoa a quem é dirigida.
Assim, a prática do elogio, embora seja uma prática corrente e até mais presente na vida das crianças do que antigamente, tem uma série de particularidades que devemos ter presentes e treinar, por forma a contribuirmos para auto estimas mais saudáveis e momentos em família e na escola mais felizes. Quando elogiamos com clareza e sinceridade, aumentamos progressivamente a probabilidade dos comportamentos que consideramos desejáveis acontecerem e se estabelecerem no nosso quotidiano – em nós e nos nossos mais novos!